O projeto INOVSEA foi apresentado em Viana do Castelo no dia 7 de julho e na Figueira da Foz no dia 8 de julho. Em ambos os eventos foi apresentada a estratégia para as regiões costeiras do Alto Minho e Baixo Mondego, bem como o plano de ação e medidas do projeto. A estratégia e o plano de ação estão disponíveis para consulta pública até dia 31 de julho.
A adesão de participantes e a qualidade dos temas debatidos em discussão aberta ultrapassou as expetativas dos promotores do projeto - Associação Empresarial de Viana do Castelo (AEVC) e Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz (ACIFF).
A sessão realizada em Viana do Castelo foi aberta por Manuel Cunha, presidente da AEVC. A sessão realizada na Figueira da Foz foi aberta por Nuno Lopes, presidente da ACIFF, contando com a presença de Carlos Monteiro, presidente da Câmara Municipal e Ana Oliveira, vice-presidente.
Em ambos os eventos, a apresentação técnica do projeto INOVSEA foi realizada por Luís Barros e por Álvaro Sardinha, elementos da equipa de desenvolvimento (CH Business Consulting).
A apresentação da Estratégia e do Plano de Ação INOVSEA foi detalhada e muito bem acolhida pela audiência. Além da Análise Prospetiva por Fileira foram também apresentadas as 15 Medidas de Ação Transversais preconizadas:
1. CENTRO DE INTELIGÊNCIA AZUL
2. PLANO DE COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA
3. OBSERVATÓRIO DE ECONOMIA DO MAR
4. ATLAS REGIONAL DA ECONOMIA DO MAR
5. FEIRA DE CARREIRAS & NEGÓCIOS EM ECONOMIA AZUL
6. PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS
7. ESCOLA DO OCEANO
8. ENSINO POLITÉCNICO AZUL
9. CAPACITAÇÃO DE EMPRESÁRIOS
10. IGNIÇÃO DE IDEIAS
11. EMPREENDEDORISMO QUALIFICADO
12. ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES
13. VISITAS E PARCERIAS
14. DIAS AZUIS
15. CULTURA E DESPORTO
Os conteúdos apresentados ultrapassaram as expetativas dos participantes, cativando a sua atenção e colaboração. As sessões de debate contaram com a partilha proativa de ideias e de experiências por partes das empresas e organizações presentes.
Um dos participantes comentou que o projeto INOVSEA tem o potencial para ser "o projeto", que marcará o início de uma grande mudança no desenvolvimento da economia do mar e da competitividade das empresas. A principal razão para o sucesso que se adivinha reside no foco do projeto INOVSEA em inovação, conhecimento, colaboração e em pessoas e talento.
Foram também apresentados obstáculos ao desenvolvimento da economia do mar. A burocracia e o atraso nas respostas por parte da governação foram um dos temas repetidamente referido pelos participantes. Foram inclusive referidos projetos de valor acrescentado que "morreram" ou que encontraram realização em outros países, devido às enormes dificuldades colocadas pela burocracia no setor da economia do mar em Portugal. A conclusão unânime deste tema conduziu às seguintes questões:
- Para quê promover a economia do mar se a burocracia sufoca a inovação?
- Não se deveria começar por criar um Simplex do Mar, verdadeiramente efetivo?
A questão da burocracia foi abordada não só pelas empresas, mas também pela governação local que indicou também dificuldades em agilizar processos com a governação central.
DOCUMENTOS E CONSULTA PÚBLICA
O Estudo da Capacidade de Oferta e o Plano de Ação estão disponíveis para Consulta Pública até dia 31 de julho 2021. Todas as pessoas podem participar com ideias, sugestões e medidas de ação específicas por fileira, utilizando o formulário disponível na plataforma INOVSEA.
Economia do mar em Viana do Castelo e na Figueira da Foz
“Em Viana do Castelo a economia do Mar tem um futuro e uma agenda extraordinariamente risonha e otimista. É muito significativo quer o investimento público e privado que se perspetiva para os próximos anos quer o volume e a qualidade do emprego que se espera criar. Neste contexto, o INOVSEA terá um papel ativo na mobilização e congregação de vontades e interesses da comunidade marítima de Viana do Castelo para evidenciar e reforçar um tão importante setor,” afirmou Manuel Cunha, presidente da AEVC.
“Sendo a ACIFF uma Associação Empresarial Regional que tem como estratégia a aposta no desenvolvimento das potencialidades da Economia do Mar, consideramos que este projeto irá aprofundar o conhecimento sobre o sector, potenciar e criar novas sinergias entre os diferentes agentes económicos e entre as duas regiões envolvidas no projeto. O Mar é o elemento identificativo da nossa região e a Economia do Mar é para o concelho uma aposta de grande potencial nas suas variadas vertentes.,” afirmou Nuno Lopes, presidente da ACIFF.
Sobre o projeto INOVSEA
Promovido pela AEVC e a ACIFF, o projeto INOVSEA visa potenciar a inovação nas PME que integram a economia do mar das regiões costeiras do Alto Minho e Baixo Mondego, tendo como base a cooperação e o incremento de competências.
A inovação, o conhecimento e as redes de cooperação são as peças centrais do projeto INOVSEA. Neste contexto, é potenciada a interligação das empresas a centros de conhecimento e de ciência, através da definição de um ecossistema de inovação que possa apoiar e agilizar o crescimento da economia do mar.
O ecossistema de inovação é constituído por um segmento científico que inclui entidades de ensino, universidades e instituições de investigação; e por um segmento institucional que inclui associações, clusters, fundações, municípios e entidades públicas.
É ainda promovida a aproximação a entidades com recursos e competências específicas, nomeadamente incubadoras, centros tecnológicos, redes de empresas e de internacionalização, fontes de capital e habitats de captação de talento.
Focalização
O projeto INOVSEA foca-se em cinco fileiras da economia do mar das duas regiões, nomeadamente a (1) pesca, aquicultura, transformação e comercialização dos seus produtos; (2) construção, manutenção e reparação naval; (3) portos, transporte e logística; (4) recreio, desporto e turismo; e (5) novos usos e recursos do mar.
O projeto tem como objetivos estratégicos (1) dinamizar o respetivo tecido empresarial; (2) aumentar a geração de valor acrescentado e o emprego qualificado; (3) aumentar a capacidade de inovação; (4) promover o desenvolvimento de atividades emergentes; e (5) apoiar a internacionalização e captação de investimento.
Foram ainda identificados quatro fatores críticos de competitividade que incluem (1) a economia circular; (2) a transformação digital; (3) a literacia financeira; e (4) a internacionalização, pelo que serão desenvolvidas ações que promovam o incremento de competências das empresas nestes domínios e a cooperação entre todos os atores.